terça-feira, 17 de novembro de 2009

Urgências...


Navegando por outros mundos, li um texto que na hora fez com que eu percebesse, certos momentos que tenho tentado ocultar, que tenho deixado passar, que tenho tentado não lembrar. E engraçado como existem pessoas que sentem exatamente o que você sente em determinado momento da nossa vida, eis aí um texto sobre só um dia na minha vida: HOJE!




"Ultimamente dei para observar para onde nos leva a vida.

O que ela nos oferece.

As oportunidades que agarramos e aquelas as quais deixamos passar.

As conseqüências dessas escolhas e o impacto que elas causam.

Tenho pedido para me contradizer.

Não pensar muito e agir mais.

Assim, de impacto e por vontade própria.

Tirar os pés do chão e enlouquecer só um pouquinho,

porque tenho sentido falta da minha ausência de meta e do meu sorriso mais puro.

Ando vendo que a vida endurece as pessoas e não quero ter o olhar triste a o coração amargo. Peço para ter sempre o coração aberto e a vontade de entregá-lo sem pestanejar a quem pedir ou precisar dele.

Quero poder cantar em voz alta e não ser taxada como louca ou jogar conversa fora sem que pra isso precise ser julgada quanto as minhas frases tortas, cheias de rima e metonímias, porque sou poesia e transbordo estrofes em todas as frases.

Preciso voltar a caminhar descalça sem o medo iminente de ferir os pés, só pelo fato de que precisamos correr certos riscos para ser feliz.

Olhar mais no interior dos meus amigos para voltar a conhecê-los como há anos atrás, pelo olhar e a sonoridade das palavras.

Deixar de observar apenas o borrão da essência de cada um, porque lá no fundo sempre podemos doar mais do que geralmente oferecemos.

Preciso me reinventar dentro de minhas próprias teorias, abandonar a seriedade dos adultos e abraçar mais o mundo de fantasia das crianças, que são felizes por não guardar rancor ou preocupação e vivem um dia de cada vez, na certeza de que o amanhã sempre será melhor do que o hoje. Preciso viver, como há muito já não vivo.

Ler por prazer, escrever por instinto e sorrir por necessidade.

Jogar por diversão e não por competição, doar por vontade e não por obrigação, calar por prudência e não por censura e principalmente amar por entrega e não por paixão.

A efemeridade das coisas é que nos faz temer a rendição e ultimamente tenho pedido coragem para caminhar no escuro sem ninguém para me guiar e ser capaz de discernir sobre as minhas próprias escolhas, sem deixar, por medo de errar, a oportunidade passar."








Texto de Manuela Alves

sexta-feira, 23 de outubro de 2009

Tua



Tua,
blusa que caía
e meu corpo e mente nua.

Tua,
de noite ou dia naquela
rua.

Tua,

do outro lado do vidro, 
me chamando 
pra ser sua.

Tua, 

ao teu encontro, 
no café esperando somente a lua.

Tua,

e teu terno preto
que perturba e você preferindo 
inteiramente nua.

Tua,

pra sempre
tua.


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sábado, 17 de outubro de 2009

Mesmo assim, eu vou ficar...


Eu vou gostar de você.

Já conheço esse filme,

essa sua fita já rodou por mim muitas vezes.

É como se o dvd ligasse sem sentido.


E você vai gostar de mim.

E vai dividir todos os seus costumes chatos,

e tua mania de viver a vida,

vai me falar dos teus segredos e fazer eu confiar em você, dizendo

que agora com você, vai ser diferente.

E eu vou acreditar

E você vai me querer.


Vai invadir meu cérebro com suas coisas,

vai pertubar meus pensamentos sólidos,

e vai me deixar nervosa.


E eu vou te deixar com ciúmes,

porque eu sou assim e chamo mesmo a atenção.

E daí você vai me enlouquecer, dizendo que a culpa

é sempre minha.

E eu vou acreditar.

E você vai gostar de mim.


E eu vou me perder pelos dias, te querendo

E você vai passar pela minha frente com seu telefone sem fio,

e eu vou te detestar.

E eu vou detestar seu jeito duro, e seu olhar sério, e toda essa sua diciplina,
que hoje eu me orgulho.

E você vai me culpar,

por ter feito você largar tudo e ficar

E você vai gostar.


E eu com raiva, vou odiar todos esses seus
terninhos pretos e suas camisetinhas cor de não sei o quê!

E vou ficar com mais raiva ainda
porque a culpa não é só tua e sim
quando você coloca o
raio da blusa cinza que te deixa tão...

tão...perto de mim.

E você vai voltar

E eu...vou gostar...


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sexta-feira, 25 de setembro de 2009

Telhado de vidro


Teu passo é leve.
Teu olhar é firme.
Teu sorriso exprime...
tanta beleza assim só pode ser breve!

Tua pele, é doce.
Teu pulso é forte.
Tua palavra é de sorte.
Queria você pra mim, se assim fosse.

Teu satélite gira em torno.
Tua postagem compara.
Teu sinal é coisa rara.
Você aí longe de mim, é morno.

Teu peito pesa.
Tua mão separa.
Tua vontade é clara.
Vem, que teu vinho barato já te espera na minha mesa.


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terça-feira, 8 de setembro de 2009

Quem sabe...


Quem sabe eu ainda sou uma garotinha

Esperando o ônibus da escola sozinha

Cansada com minhas meias três-quartos

Rezando baixo pelos cantos

Por ser uma menina má

Quem sabe o príncipe virou um chato

Que vive dando no meu saco

Quem sabe a vida é não sonhar

Eu só peço a Deus

Um pouco de malandragem

Pois sou criança e não conheço a verdade

Eu sou poeta e não aprendi a amar

Bobeira é não viver a realidade

E eu ainda tenho uma tarde inteira

Eu ando nas ruas, eu troco um cheque

Mudo uma planta de lugar

Dirijo meu carro

Tomo o meu pileque

E ainda tenho tempo pra cantar




Cássia Eller

domingo, 30 de agosto de 2009

No limite


Quem tá sou eu!

domingo, 16 de agosto de 2009

Amor e Pessoas e Vice-versa


Tão engraçado lidar com pessoas,
deveria ter era uma graduação de como lidar com pessoas,
de como esclarecer idéias e opiniões.
Pessoas tentam mudar o que é simples.
Parece que cresceram, só cresceram.
Na escola, pelo visto aprenderam só a subtrair, pois tentam diminuir quem está do lado oposto,
quem quer o bem, quem quer amor.
Parece que quando aplicaram a multiplicação, a professora disse: - Multipliquem os problemas!
Porque trazer tanto problema? porque aumentar cada vez mais as complicações, falam coisas querendo dizer outras, e acabam vendo que no fim das contas não somam em nada!
Se torna tão difícil dividir o mesmo teto, a mesma roupa, a mesma mesa, o próprio copo de suco, se torna impossível de conviver mais do que duas ou tres semanas com a mesma pessoa.
Daí me pergunto: - O que é que está acontecendo com o amor?
Isso tá errado!!
Tá tudo atravessado, lidar com pessoas deveria ter uma graduação e pós- graduação.
Ninguém nos ensina a lidar com pessoas, e muito menos com amor, que dirá com os dois juntos!
Por fim acaba por ninguém se entender, acabam-se por se beijar e se apertar mesmo sem ninguém ter decidido nada, brigam, discutem casos e descasos e nada! Nada muda, nada se acrescenta, a única coisa que aumenta é a mágoa que vai ficando, e aí me fala:
Quando isso acaba?
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quarta-feira, 12 de agosto de 2009

Vestido


Tudo passando,
Te vi na varanda chorando.

Sei bem que minha ida,


te doeu,


encomodou.


Teu vestido,


que roubei aquele dia


pra trazer junto de mim,


olhando ele hoje,


parece que desbotou.


Até pensei em usar, e me acabar 

em uma festa qualquer


e por alguns minutos,


te sentir me abraçar.


Percebo hoje,



que as flores,

já parecem não ter mais cores

as listras perderam-se no abismo

O seu vestido rasgou

o corte já não combina mais,

o cetim virou breguice,

e a renda, como o nosso amor



arrebentou.



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terça-feira, 4 de agosto de 2009

Poema do abandono


Sinais teus,

vindos de estranhos,

bocas que falam o teu presente.

Um futuro meu, incerto , devagar, distante de ti

numa vida planejadamente contente.


Sinais que destroem os meus passos mais viáveis.

E eu que te sentia tão perto de mim, sentia teu peso aqui do meu lado,

é como se minha cabeça girasse com esse vinho barato,

me embebedando pra te esquecer de vez.


Pelo menos esta noite.


Meu pensamento tenta por alguns momentos

congelar imagens tuas.

Mas minha alma já parece correr procurando um outro alguém

pela rua.


Por noites mal dormidas, seguindo a tua espera,

do que virá e do que já se passou.

Acordo no outro dia achando mesmo que o futuro não virá,

que o teu tempo comigo já se fechou.

Da vida que pedi, ao seu lado, num futuro que só você não crê

hoje vejo que na verdade me perdi,

dentro de você.




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domingo, 2 de agosto de 2009

Uma hora vai!


Tem fases que eu te abandono,

que eu jogo a toalha.

Que eu te esqueço, que eu te detesto, que eu me sufoco de ti,

que eu paro de pensar na tua vida, que eu paro com essa mania louca de achar que você está perto.

Tem dias que eu me sinto protegida por ti, e tem dias que eu me protejo de ti.

Por diversas vezes eu quero te deixar, parar com essa bobagem te esperar.

E eu que nunca abandono nada,

às vezes quero te abandonar.

Ontem, já na cama, senti falta daquele dia, em que nem precisava falar muito, era só olhar nos teus olhos e rir.

Rir de felicidade, da felicidade que eu achei que nunca ía sentir, de te ver assim bem perto, de sentir a minha mão na tua mão, de ver que a tua boca é maior que a minha, e perceber que o teu corpo combina direitinho com o meu.

Ontem, eu pensei em te abandonar, e largar toda essa procura sem nexo, e viver a minha vida, sem me questionar ou te esperar.

Ontem, eu sonhei contigo, sonhei que a gente ria, devia estar engraçado.

Hoje acordei, olhei pro teto coloquei a mão nos olhos e vi que continuo querendo você.

Hoje eu vi que definitivamente, eu não consigo abandonar as coisas,

e nem você.





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sexta-feira, 24 de julho de 2009

Primeiro Conto: Vermelho


Fala de amor como se pudesse pegá-lo com a mão afim de
manipulá-lo.
Falou dela quando entrou correndo, porta à dentro, não sabia se queriam ouvi-la falar,
mas ela só falou, e falou desde então, que se era amor o que sentia, sentia medo.
Medo de que? Questionei. Afim de colocá-la à prova dos seus sentimentos. Ou Organizá-los, só! Dizia aos gritos - " É ela, é ela, a mulher da minha vida!"
Ela toma café, tem mãos lindas e um esmalte gasto, pelos dias, ou pelo trabalho.
Ela tem uma boca enorme e vermelha, um olho verde mas daqueles que combina com a boca e com o vermelho escuro da unha, já meio gasto, repetia.
Ela fugiu de mim, contou-me, assustada.
Xinguei como se xinga uma criança mal-educada!
- O que fizeste?
- Como assim, espantas a mulher da tua vida?
- " Ela é linda!" -respondeu.
- Ela acredita no amor e não acredita em mim, ela fala de amor com facilidade e não tem medo de se expôr, ela me deixa confusa, ela me deixa perdida, ela me encontra, e ela me desperta, ela me invade de coisas que eu não conhecia, ela me carrega no olhar e no movimento da boca, ela me deixa louca, e eu nem dou mais bom dia pra você!
Me falou disso, achando que eu poderia salvá-la. E eu disse : - Salvar? Corre pra ela! Deixa essas cores novas invadirem o teu dia que andava tão bege e cor-de-burro-quando-foge! Prende ela com teus dedos, coloca-a no meio das tuas articulações, afinal pra quê servem tê-las tão visíveis no verso da tua mão?
-Tenho medo! Ela me fará sofrer! Não sei lidar! Disse ela, com receio no olhar.
Ela tem tudo que eu sempre quis, ela fala de amor diferente do meu amor, e eu acho que a nossa opinião é diferente mas é tão bom que seja assim, assim a gente tem o que falar. Assim ela me decifra, e eu adoro ver ela questionar!
Ela que tem acolhido minha sanidade esses dias e hoje choveu e eu queria ter ido lá, e eu achava que não ía sentir falta, nem falei em ir, mas eu queria ver a cor da chuva da janela dela, eu queria ver que cor tem a chuva quando eu sento do lado dela , eu queria ver aquela taça de vinho pela metade, em cima da mesinha de centro, e falar dos meus medos, e sentir corpo dela me aquecer, por boa parte da noite.
Ela me olhou dizendo tudo isso e perguntou-me:
- É amor? Heim? que cor tem esse amor?
E eu disse:
- É cor de inverno que esquenta só de olhar, é cor de verão que dá calor só de tocar, é cor de qualquer estação, que o vermelho possa entrar.




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sábado, 18 de julho de 2009

No meu tempo


No meu tempo os mais novos respeitavam os mais velhos, os filhos amavam os seus pais e no mínimo irmãos se aturavam.

No meu tempo, eu via namorados dividindo a igreja, e subindo no altar usando branco.

Não que eu esteja velha, ou ficando, apesar da data de aniversário estar se aproximando, e a velha mania da síndrome de Peter Pan e sua gloriosa Terra do Nunca, me assombrarem.

Deve ser uma avaliação breve e passageira que eu resolví conversar com o vidro do ônibus, sim eu só ando de ônibus agora, porque assim eu consigo manter a minha dignidade no trânsito carioca, porque no meu tempo até tomar chimarrão no volante dava multa! Aqui tudo é possível!

Aqui, aprendi a gritar, me enfiar na frente dos outros, xingar mulheres mesmo sendo uma tantinho feminista, mandar os com mais de 60 para o asilo, sem me importar com minha não aceitação da velhice.

No meu tempo, amar um ou outros era fácil.

Hoje as 16:08 é melhor eu não me aproximar dos outros. E isso foi de agora, que andando na calçada quase que um Mercedes, com um senhor que aparentava ter uns 50 ou mais, por um segundo não me fez virar chiclete no asfalto!

Ou os tempos mudaram, e não nos vemos mais obrigados a olhar para o lado e sim só para frente e acima da linha do horizonte, ou como diz mesmo Renato Russo " a humanidade é desumana".

Mas isso, eu já sabia.
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quinta-feira, 16 de julho de 2009

Quem é você


Quem é você que me faz te aceitar sem dizer não.

Quem é você que me faz renunciar todo dia, qualquer ilusão que possa me fazer rir.

Quem é você que me invade sem fim, onde você se enconde, onde é a tua casa?

De onde vem essa força, que vem de ti me agarrando todos os dias pelos pensamentos?

Essa calma que me faz pensar em ti, essa vontade de te ver passar, a qualquer hora.

Quem é você que me esconde do resto do mundo, querendo-me só pra você, num coração eternamente só teu.

Num fôlego só teu, na respiração só tua, de sentir meu peito apertar querendo te conhecer, quem é você que se esconde de mim, e me faz viver assim, sem saber de onde vem você, e toda essa certeza de que você irá me resgatar.

Quem é você que me mata de saudade, da saudade de não ter vivido, quem é você que me faz correr contra o tempo ou viver o tempo.

Quem é você que nem conheço só escuto tua voz, dizendo "espera",

e eu digo " escuta".

Você diz espera, eu espero com calma mas meu coração te busca aonde quer que você esteja perto ou longe. Aqui, ou do outro lado do mundo, aqui, na outra rua.

Então eu espero.

Eu digo escuta, porque eu sei que você, de noite, quando deita na cama, me procura, me chama, e me repete, e aonde quer que eu esteja, eu sigo até o seu pensamento, até o seu quarto, e falo no seu ouvido, juras de amor tão eterno.

quem é você que me arranca essas breguices, malucas, sem nexo e com tanta certeza.

Quem é você?


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terça-feira, 14 de julho de 2009

Na outra parte


Uma parte de mim

é escrever.

Outra parte de mim,

é pensar.

Uma parte de mim,

é ir na frente.

Outra parte,

é inventar.

Uma parte mim,

é sol, calor, mar, praia e você.

Outra parte,

maremoto.

Uma parte de mim,

é razão, sem muito o que dizer, apenas, poucas vezes coração.

Outra parte de mim,

chora na novela, ri do tombo alheio, brinca com o gato, briga no trabalho.

Uma parte de mim,

vai embora.

Outra parte de mim,

releva.

Uma parte de mim,

é contramão.

Outra parte,

implicante.

Uma parte de mim,

apaixona.

Outra parte,

afasta.

Será eu, ou o que os outros falam?

Será eu?



( Inspiração - Ferreira Gullar)
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sábado, 11 de julho de 2009

O meu coelho da hora

Sexta:

Acordei tarde.
Não tomei café.
O meu coelho da hora se atrasou.
Corri pra pegar o ônibus. (tá virando moda!)
Adorei trabalhar muito.
Sentei lá no Ale,
comi,
bebi,
escrevi,
tive muitas idéias.
Não paguei os 10%. (Sempre pago!)

Sábado:

Senti tua falta logo que abri os olhos.
Fui mais cedo trabalhar.
Meu coelho da hora me acordou.
Sabia que ía chover, não peguei o guarda-chuva.
A semana tinha sido boa.
Refleti.
Comi demais o dia todo.
Tomei banho de chuva na volta do trabalho.
Me esqueci do Rei.
Lembrei de ti.

Agora:

Tinha muitos projetos pra passar pro computador.
Deu preguiça.
Vontade de nada.
Dor de estômago.
Chá pra quem quer melhora.
O meu coelho da hora me esperando para adormecer.
Falei pra você o que quase ninguém
nem queria saber.





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quarta-feira, 8 de julho de 2009

Chutando o inferno astral


Quer saber... chuto mesmo o pau da barraca!
Que raio de inferno astral que nada!
Passo ele por cima, passo ele pro lado, passo por ele e dou risada!
Nunca fui de mau-humor, nunca fui de acreditar, nos que os outros saem por aí falando.
Acredito no que meus olhos vêem.
Acredito no que meu coração sente!
E no que meu sentido me alerta.
Nunca fui de me entregar, e não vai ser por um mês, que eu vou acabar com a minha emoção e a emoção de quem me rodeia!
Sim né, porque se eu me entrego, consequentemente, quem me rodeia acaba por se afastar, e isso não tá acontecendo, e não tá porque, eu não deixo.
Chutei o inferno astral pra bem longe de mim, dormi o dia todo, tive sonhos bons, águas claras, e o mar estava leve, minha maré subiu, minha areia foi filtrada, e onda voltou a bater com força na pedra.
Pode esperar... dia 23 eu tô de volta!
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sexta-feira, 3 de julho de 2009

Acontece todo dia

*
Acontece nos melhores dias:
-Perdi o fio da meada!
*

Era de Virgem





Confessava que poderia passar horas falando dos detalhes, que lhe serviam para dar inspiração aos movimentos da face quando a via. Sabia de deveria ter calma ao falar dela, ou com ela.


Ela, que era tão observadora.




Ela era menina, coração parecia puro, e ainda virgem de sentimentos novos.


Ela era doce, mas sua lágrima descia pelo rosto salgando a pele, porque ele não à queria?


De onde vinha tanta perfeição, tanta coisa para se olhar.

Passaria horas olhando pra ela.


*


Para tentar aos poucos desvendar os mistérios dos seus olhos.

Da onde que vinha aquele recato impenetrável.

Ela sempre teve suas próprias idéias, sua vida, sua comida, sua casa.

Ela era do tipo que tinha seus apegos, suas necessidades, suas coisas.




*

Ela era do tipo auto-suficiente.

Sabia disso. Mas não sabia como agir.

Era virginiana. Sabia disso.

Virginianas são cautelosas.


*

Sempre gostou de ver quando tomava banho todos os seus movimentos eram cauculados.

Primeiro o shampo.

Logo em seguida, não muito tempo depois, o creme.

Descendo pelo pescoço, o sabonete líquido.

Percorrendo o corpo todo, primeiro de um lado, e logo após, o outro.

Tinha manias até para escovar os dentes, achava que escovava um por vez!


Sempre preferiu fazer as coisas por ela mesmo, sem pedir ajuda.

Ele sempre soube que ela era extremanente capaz de fazer tudo sem ele.

Não se preocupou. Sabia de longe que não poderia invadir seu espaço privativo, e secreto.
Porque esse mistério?
De onde vem seus olhos que penetram com facilidade?
De onde vem você pedindo uma frase de amor?
Mesmo assim, ele estava longe dela.
E porque meu Deus, ele não à queria?



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quinta-feira, 2 de julho de 2009

Inferno Astral


Nunca prestei tanta a atenção, nessas coisas de inferno astral!
Não sei porque mas sei extamente o dia em que entrei no meu.
Tava até nublado.
*
Odeio dias nublados.
*
Reparei já pela manhã quando o açúcar não adoçou o meu café,
quando peguei a toalha pra ir tomar banho, dormindo em pé praticamente e pisei nela, quase causando um acidente entre eu e a porta do banheiro.
Quando olhei no relógio já marcavam 8:10, sendo que 8:10, eu já tenho que estar com a bunda, sentada dentro do ônibus.
Aí,tudo aquilo que odeio mais que tudo, tive que fazer.
*
Correr pra pegar o ônibus.
*
Corri, atravessei o sinal vermelho com sacola, bolsa, casaco, cabelo no rosto, aquela imagem terrível, que um vê a gente correr, e meia dúzia sai correndo atrás.
Provavelmente, pra sentar primeiro!
*
Perdi o ônibus, alguns entraram.
*
Logo, pensei, o que que é que estava acontecendo???
Juntei o dia, a hora, o nublado, a revolta sem sentido, logo eu que sempre fui calma, não tanto, mas cosideravelmente, serena.
Foi quando, me veio em mente: Pronto! Entrei no inferno astral!
Não quis me entregar né, e lá sou de me entregar assim tão fácil, neguei um pouquinho, falei que frescura é essa agora? ainda mais depois de velha?
*
Fiquei irritada. O dia T-O-D-O.
*
Achei que passava, depois de uns minis-ataques-histéricos-sozinha-eu-e-meu-eu-interior.
Que nada, algo do tipo, no mínimo cinco TPMS fora do tempo, e ao mesmo tempo, odeio pessoas mal-humoradas, pra mim sempre foi sinônimo de falta de alguma coisa..que eu nem penso em citar aqui.
Me ví na mesma situação.
* Me vejo.
* Quando passa? depois do mês T-O-D-O??
* Deve ser culpa, do ascendente.
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Duvido



Eu duvido, que em todo esse tempo de amores,

você tenha encontrado alguém que te

deseje tanto.

Que te agrade, sem te repetir.

Que te ajude, na hora em que te falta a força.

Eu duvido, que exista alguém que sonhe mais com você, e por tantas noites uma atrás da outra.

Que grite o teu nome, tantas e tantas vezes.

Que repita o teu grito. E que arrepie os pêlos dos braços e da coluna vertebral quando escuta a tua voz.

Que o coração acelere tanto, e que a temperatura corporal suba em segundos.

Eu duvido, que você tenha encontrado alguém que tenha tanto amor guardado, e que tenha te dado tanto amor sem te fazer enjoar.

Que te mime.

Que te surpreenda.

Todos os dias.

No trabalho.

No carro.

De manhã e à noite.

Em casa.

Nos lençóis.

Eu duvido que você tenha encontrado alguém, que cumpra o que te prometeu, e aquela vidinha fofa e cor de rosa que você sempre quis.

Que saiba te amar.

E eu duvido, porque sei que você caminha hoje, para amanhã

me encontrar.


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segunda-feira, 22 de junho de 2009

De tudo só sobrou o lírio

O que aconteceu com a minha história?
O que aconteceu com a tua poesia?
Com a nossa vidinha feliz, e tudo aquilo que sonhamos por tantas vezes,
da garrafa de vinho branco, do filme, do colchão no chão da sala, da varandinha que de lá se via o trilho do trem?
O trem que nos levou pra longe, que carregou nos trilhos o que sentíamos.
Por vezes, penso que foi aquela viagem, que acabou com tudo. As vezes acho que foi, a minha mania de não ter medo de se expôr tanto, as vezes tenho certeza que não sei perdoar.
Porque a verdade é que eu nunca te perdoei.
E olha que eu tentei.
Me doeu na alma,
no corpo,
senti a dor percorrendo os pêlos dos meus braços,
e o gelo no estômago,
me doeu o canto do olho de tanto chorar a tua partida, a minha partida.
E dóia tanto que sentí o pensamento retardar.
De um todo sobrou o lírio que eu te dei,
aquele lírio branco que dizia no bilhete "Duvido você me amar".
O lírio que você com sua distração, esqueceu
em cima da mesa do bar.






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domingo, 21 de junho de 2009

No escuro


Não espere eu chegar.
Não arrume a casa para me esperar,
não ascenda todas essas luzes, eu gosto só da luz que fica na
entrada da porta.
Eu gosto só da tua luz.
Não ajeita a manta do sofá, deixa ela do jeito que está.
Não arruma a cama, deixa eu sentir o calor do teu corpo
que ficou nos lençóis, enquanto eu esperava o elevador.
Deixa eu ver o amassado da fronha do teu travesseiro, e aquele fio de cabelo que insite em cair no meu lado da cama.
Deixa as roupas pelo chão, e aquela blusa cinza furada que eu adoro tanto, deixa ela no tapete.
Deita comigo na cama, fecha os teus olhos e sonha comigo
detalhes da nossa felicidade.
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sábado, 20 de junho de 2009

Entendendo a porcentagem dos fatos


"Noventa por cento do que escrevo é invenção.
Só dez por cento é mentira".
*
Manoel de Barros

Não preciso do fim, para chegar




Com pedaços de mim eu monto um ser atônito.
Tudo que não invento é falso.
Há muitas maneiras sérias de não dizer nada, mas só a poesia é verdadeira.
Não pode haver ausência de boca nas palavras: nenhuma fique desamparada do ser que a revelou.
É mais fácil fazer da tolice um regalo do que da sensatez.
Sempre que desejo contar alguma coisa, não faço nada; mas se não desejo contar nada, faço poesia.
Melhor jeito que achei para me conhecer foi fazendo o contrário.
A inércia é o meu ato principal.
Há histórias tão verdadeiras que às vezes parece que são inventadas.
O artista é um erro da natureza.
Beethoven foi um erro perfeito.
A terapia literária consiste em desarrumar a linguagem a ponto que ela expresse nossos mais fundos desejos.
Quero a palavra que sirva na boca dos passarinhos.
Por pudor sou impuro.
Não preciso do fim para chegar.
De tudo haveria de ficar para nós um sentimento longínquo de coisa esquecida na terra — Como um lápis numa península.
Do lugar onde estou já fui embora.
**
Manoel de Barros

quarta-feira, 17 de junho de 2009

As tuas cores


Lembrou nitidamente de fatos do passado, de longe quando à viu, observou
o perfeccionismo marcante, cada detalhe calculado de maneira surreal.
Teve dificuldade em falar sobre ela, não a conhecia.
Quis dividir com ela, a mesa, a conversa, o mesmo trabalho. Mesmo sabendo que o ego dela acreditava obstinadamente que ninguém seria capaz de fazer as coisas com tanta ordem e eficiência quanto ela.
Levou tempo tentando reproduzir uma escrita a modo que fosse surpreendê-la, que fizesse com que tirasse o papelzinho do bolso da bermuda preta, afim de relê-lo, lá em cima quando já tivesse entre as nuvens, rumo a tua casa. Ou quando na cama do teu hotel, estivesse.
Não conseguiu escrever, pensou que pudesse estar faltando peças nesse jogo, talvez fosse o vermelho da meia, e o amarelo dos sapatos, que combinava claramente com os olhos que insistiam em olhar mais pra boca do que para os olhos, não entendia.
Talvez fosse o casaco, verde musgo com listra preta, um jogo de cores, que não desviava o olhar, e quase as mãos, teve que se conter, ah teve!
No fim de um início, teve a certeza que foi culpa da pele branca e a franja curta que insistia em cair sobre os seus olhos castanhos.
Teve dificuldade de falar sobre ela, até porque sempre costumou dizer que ,tudo que "passa" vira texto, o presente ainda tem o vermelho, o amarelo, o preto, e o branco, mas a cor do futuro quem escolhe é ela.
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segunda-feira, 15 de junho de 2009

As mil faces, apresentando uma delas.



Eu que nunca fui de escrever sobre os melodramas da vida, particular ou alheia, coisas fúteis ao meu ver, coisas que divergem de várias opiniões, minhas, suas, de outros, dos de lá do outro lado do oceano.
Enfim, escrevo sobre o óbvio, escrevo porque amo as palavras, escrevo coisas já partidas, que já passaram, certamente quando alguém me fala " ei, escreve um texto pra mim", se já passou na minha vida até consigo, mas se não escrevo, é porque não passou.
Não consigo escrever sobre coisas presentes a menos que, este me chame muito atenção, desvie meu pensamento lógico ao extremo, mesmo quando a normalidade me ataca fico apreensiva, primeiro porque me engorda, segundo porque me faltam as palavras, as frases, e quase nada se encaixa em texto algum, resultado: menos textos, quilos a mais!
Vou escrevendo sem pensar, sem rima, sem parágrafo, sem corrigir, sem colar.
Escrevo jogando palavras em cima de frases, junto as coisas que partiram, com os alguns cacos recolhidos do chão, abaixo minha cabeça, levanto o meu lápis, e acabo mostrando uma face de mim.

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domingo, 14 de junho de 2009

Ansiedade



Ansiedade

de ficar em casa
de ver o tempo passar
de esperar a água ferver
de esperar o telefone tocar.

Ansiedade

de você não ligar
de você não perceber
de você aceitar
de você me só me amar.

Ansiedade

de comer o tempo todo
de querer correr
de tí, de mim, de nós, de toda essa gente.
de fugir contigo
pra bem longe, lá onde o vento sopra baixo.

Ansiedade

de te ver chegar
de te ver sair
de ver falar
de te ver por aí

Ansiedade

que dói
que me faz sofrer
mas nunca fez
não entendo
porque ansio
se sei, ao certo , mais certo que acertar a senha do banco.
Que você vem.
e a ansiedade? vai embora junto com toda essa saudade
que eu tenho daquilo que nem viví ainda,
daquilo que você deixou aqui só por um dia,
só por uma noite,
lembra disso?




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quinta-feira, 11 de junho de 2009

Fugindo de mim pra dentro de ti




Acordei,
arrumei a minha bagunça.
Toquei o pijama no canto do quarto,
escovei os dentes.
Não parava de pensar, no que me era
reservado.
Teve um dia, aquele dia, que eu já não conseguia mais
esquecer.
Daí fugi,
mas fugi pra ficar mais perto,
bem perto de ti.
Tô aqui do lado,
não tá vendo?
Já era hora de arrumar o quarto,
me colocar em ordem e por tua foto
na estante.
Já era hora de bater de frente na tua rua,
que rua?
Me fala onde fica tua casa,
me fala o que te distrai,
me fala o que te encomoda.
Eu te acalmo
eu te trago pra perto
eu te coloco no colo,
escrevo pra ti.
Mas pra isso,
sai pra rua, foge pra cá,
cruza comigo,
olha pro lado,
não tá vendo,
eu tô aqui!





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terça-feira, 9 de junho de 2009

A tua boca quando ri

Ela pensava tanto que chegava a sentir no lábio,
o formato da boca,
cada detalhe, do lábio, carnudo, hidratado, vermelho e saudável.
Cada ranhura do lábio, que a parte de cima é mais fina e tem um "M" bem preenchido, definido.
Até no cantinho da boca ela reparava, dentes enormes, brancos, bem retinhos, cada movimento lento ou rápido, quando ecoava cada palavra dita.
Principalmente, quando ria daquele jeito que ela nunca mais esqueceu, sim, porque ela viu bem de perto, quase que rindo junto, sabe boca quando pára de beijar, olha no olho e ri? Bem assim! E jamais pôde deixar observar aquele jeito ímpar de sorrir, que quando abre a boca e vai preparar para soltar aquela gargalhada, mostra a gengiva, quase ninguém repara nisso.
Mas ela, pelo contrário, sempre reparou e sempre foi o que mais chamou a atenção.
Tanto foi que quando chegou perto foi a primeira coisa que disse:
"Ei, ri daquele jeito!"
Sorriu igualzinho como ela imaginava, foi logo sorrindo e baixando a cabeça , com um sorriso meio tímido, meio sem-vergonha, meio que passando a língua da metade pro fim do lábio, aquele olho meio escondido pela franja, e querendo te dizer " não faz assim".
Não faz assim disse ela, não ri assim, não faça o que eu te peço, porque senão, eu não esqueço, nem um dia mais sequer, desse jeito só teu de sorrir.
Não faz isso com meu desejo disse, que se eu não fosse pra outra cidade amanhã de manhã eu ficava contigo!
E ela quase que se entregando, pensou logo em dizer, "me leva junto, deixa eu ir com você, sou pequena, quase nem ocupo espaço, fico alí quietinha, prometo não encomodar!"
Mas ela sabia que não podia ir, que não era a hora, que era hora de perceber que nada do que tinha planejado ía dar certo mesmo, o caminho era aquele alí a ser seguido, e ela que já tinha desistido de tudo, já tava pensando em casar e ter logo seus dois ou três filhos, sempre gostou de familia grande, pra reunir todo o time no churrasco de domingo.
Ela que deu o beijo de boa noite tão demorado que parecia que ía entrar boca à dentro, não queria esquecer de cada detalhe, de cada movimento do prá lá e pra cá da língua, do dente que mordia o lábio, e ela que sempre pensou, quando via sorrir de longe
"Aiii, se esse bicho morde...!",
não queria parar pra não ter que escutar,
" boa noite! me deixa teu email, amanhã saio cedo".
Ela viu a porta abrir, e como o um sorriso que se fecha, foi embora.
Entrou no carro não acreditando, que tinha chego assim, tão perto de cada ranhura, de cada movimento, de cada vez que ria e deixava a mostra a gengiva, detalhe assim que ninguém pensa em reparar, só você mesmo quando tudo já parece ser bonito.
Pegou a avenida, jurou que não ía esquecer mais daquele beijo, daquela boca, do dente mordendo o canto do lábio, do desejo de ficar, ou ir junto, não podia deixar escapar ali, olhou pro último andar e desejou boa noite, acompanhado de um sorriso choroso de felicidade.
Até mais! Disse, o meu desejo é o teu desejo,
isso não é um ponto final.
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sábado, 6 de junho de 2009

Saco cheio

Sempre tem um dia que você acorda
achando tudo um saco!
Achando que pode tudo e na verdade não pode nada,
acha que pode simplesmente sair por aí,
e na próxima esquina vai dar de cara com quem tava procurando?
Acha.
Acha que é fácil, assim ela sair pra rua?
Acha que é fácil, assim no terceiro dia já ter visto ela.
Achou mesmo que tava tudo dando muito certo.
Acha que ía ser assim pra você não dar valor, quando chegar a hora certa?
Acha.
Ainda bem que esse dia passa,
ainda bem que é só hoje.
Assim não desmotiva.
Ela vem eu sei que vem.
Eu não vim aqui a passeio não.
Sei que me espera. Sei que quando me avistar, mesmo ao longe, vai saber que eu vim aqui
só pra te ter.

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domingo, 31 de maio de 2009

Falando sério...

" Falando sério
Entre nós dois tinha que haver mais sentimento
Não quero seu amor por um momento
E ter a vida inteira pra me arrepender."
( RC)


Impressionante!
Todo final de ano tem o especial do Rei, isso todo mundo sabe né!
Se já não bastasse ele me fazer chorar sentada no cantinho do sofá,
agora me vem " Elas cantam Roberto",
eu não mereço é demais pro meu coração.
Quando entrou a primeira cantora o canto do olho já começou a tremer,
daí já ví como ía ser!
Acho que elas estavam tão emocionadas
quanto eu ali,
sozinha num especial do Rei pra variar!
O desgraçado sempre me arranca umas lágrimas!
E me engorda né! Porque vai uma barra de chocolate e meio litro de coca-cola!
Uma orgia alimentar em função do Rei e elas!
Valeu a pena!