Eu não insisto mais.
Você escreve bem, mas é culpa dos teus textos.
Fui traída, pelos meus textos. Sempre os textos.
Esse humor negro infindável que insiste em se meter nos meus textos.
Eu juro que tento escrever bonitinho, coisas certinhas, discretinhas, de amor, de paixão, de saudade.
Essa escuridão nas frases que fazem você achar uma coisa quando na verdade era outra coisa, bem diferente.
Mas eu acho mesmo que o bom, é esse misteriozinho que vem seguido do meu leve sarcasmo.
Não entendo o que tu escreve.
Reclamou.
Tentei explicar.
Você escreve bem, mas...
Tentei explicar,
o que nem eu entendia.
Não entendia como meus textos acabaram com a insistência.
Culpa desse meu português curto e direto,
as vezes divertido,
as vezes querendo ser sincero...
No primeiro momento, achei mesmo que o texto tinha estragado
até a fala.
No segundo momento, que antecedeu a balinha das duas calorias oferecida, achei que o texto não tinha tanta culpa.
Mas insistiu.
Culpa do texto. Sempre ele.
Não insisto mais.
Eu só pensava na saudade, que eu tava daquele danoninho, e da risada que eu dava quando abria a sacolinha achando que tinha esquecido da colherinha!
E eu só dizia que ía embora, alías eu sempre vou embora né?
Isso é de tanto que eu queria ficar.
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