terça-feira, 17 de novembro de 2009

Urgências...


Navegando por outros mundos, li um texto que na hora fez com que eu percebesse, certos momentos que tenho tentado ocultar, que tenho deixado passar, que tenho tentado não lembrar. E engraçado como existem pessoas que sentem exatamente o que você sente em determinado momento da nossa vida, eis aí um texto sobre só um dia na minha vida: HOJE!




"Ultimamente dei para observar para onde nos leva a vida.

O que ela nos oferece.

As oportunidades que agarramos e aquelas as quais deixamos passar.

As conseqüências dessas escolhas e o impacto que elas causam.

Tenho pedido para me contradizer.

Não pensar muito e agir mais.

Assim, de impacto e por vontade própria.

Tirar os pés do chão e enlouquecer só um pouquinho,

porque tenho sentido falta da minha ausência de meta e do meu sorriso mais puro.

Ando vendo que a vida endurece as pessoas e não quero ter o olhar triste a o coração amargo. Peço para ter sempre o coração aberto e a vontade de entregá-lo sem pestanejar a quem pedir ou precisar dele.

Quero poder cantar em voz alta e não ser taxada como louca ou jogar conversa fora sem que pra isso precise ser julgada quanto as minhas frases tortas, cheias de rima e metonímias, porque sou poesia e transbordo estrofes em todas as frases.

Preciso voltar a caminhar descalça sem o medo iminente de ferir os pés, só pelo fato de que precisamos correr certos riscos para ser feliz.

Olhar mais no interior dos meus amigos para voltar a conhecê-los como há anos atrás, pelo olhar e a sonoridade das palavras.

Deixar de observar apenas o borrão da essência de cada um, porque lá no fundo sempre podemos doar mais do que geralmente oferecemos.

Preciso me reinventar dentro de minhas próprias teorias, abandonar a seriedade dos adultos e abraçar mais o mundo de fantasia das crianças, que são felizes por não guardar rancor ou preocupação e vivem um dia de cada vez, na certeza de que o amanhã sempre será melhor do que o hoje. Preciso viver, como há muito já não vivo.

Ler por prazer, escrever por instinto e sorrir por necessidade.

Jogar por diversão e não por competição, doar por vontade e não por obrigação, calar por prudência e não por censura e principalmente amar por entrega e não por paixão.

A efemeridade das coisas é que nos faz temer a rendição e ultimamente tenho pedido coragem para caminhar no escuro sem ninguém para me guiar e ser capaz de discernir sobre as minhas próprias escolhas, sem deixar, por medo de errar, a oportunidade passar."








Texto de Manuela Alves