Navegando por outros mundos, li um texto que na hora fez com que eu percebesse, certos momentos que tenho tentado ocultar, que tenho deixado passar, que tenho tentado não lembrar. E engraçado como existem pessoas que sentem exatamente o que você sente em determinado momento da nossa vida, eis aí um texto sobre só um dia na minha vida: HOJE!
"Ultimamente dei para observar para onde nos leva a vida.
O que ela nos oferece.
As oportunidades que agarramos e aquelas as quais deixamos passar.
As conseqüências dessas escolhas e o impacto que elas causam.
Tenho pedido para me contradizer.
Não pensar muito e agir mais.
Assim, de impacto e por vontade própria.
Tirar os pés do chão e enlouquecer só um pouquinho,
porque tenho sentido falta da minha ausência de meta e do meu sorriso mais puro.
Ando vendo que a vida endurece as pessoas e não quero ter o olhar triste a o coração amargo. Peço para ter sempre o coração aberto e a vontade de entregá-lo sem pestanejar a quem pedir ou precisar dele.
Quero poder cantar em voz alta e não ser taxada como louca ou jogar conversa fora sem que pra isso precise ser julgada quanto as minhas frases tortas, cheias de rima e metonímias, porque sou poesia e transbordo estrofes em todas as frases.
Preciso voltar a caminhar descalça sem o medo iminente de ferir os pés, só pelo fato de que precisamos correr certos riscos para ser feliz.
Olhar mais no interior dos meus amigos para voltar a conhecê-los como há anos atrás, pelo olhar e a sonoridade das palavras.
Deixar de observar apenas o borrão da essência de cada um, porque lá no fundo sempre podemos doar mais do que geralmente oferecemos.
Preciso me reinventar dentro de minhas próprias teorias, abandonar a seriedade dos adultos e abraçar mais o mundo de fantasia das crianças, que são felizes por não guardar rancor ou preocupação e vivem um dia de cada vez, na certeza de que o amanhã sempre será melhor do que o hoje. Preciso viver, como há muito já não vivo.
Ler por prazer, escrever por instinto e sorrir por necessidade.
Jogar por diversão e não por competição, doar por vontade e não por obrigação, calar por prudência e não por censura e principalmente amar por entrega e não por paixão.
A efemeridade das coisas é que nos faz temer a rendição e ultimamente tenho pedido coragem para caminhar no escuro sem ninguém para me guiar e ser capaz de discernir sobre as minhas próprias escolhas, sem deixar, por medo de errar, a oportunidade passar."
Texto de Manuela Alves
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