Por horas fiquei aqui tentando buscar uma inspiração, para escrever o momento ou algo parecido. Esse é o problema da normalidade, textos a menos, kilos a mais.
Ultimamente, tenho me sentido um personagem na história alheia, por vezes atuando como protagonista, mas nas cenas principais, como figurante.
A sensação é que observo o palco de longe, como se esperasse pelo grande espetáculo, como se a qualquer momento o diretor fosse falar:
- "Pronto! Gravando!"
E o mais engraçado disso, é que eu vou saber exatamente como atuar.
Esperei por isso.
Lutei por isso.
Chamei por isso.
.
Por hora, me sinto assim
com essa cara de cachorro que caiu do caminhão da mudança,
e ficou esperando você vir buscar.
Eu espero, mas não muito,
não combina muito comigo esperar, sem visualizar o texto,
ou a vasilha de água pela frente.
Tenho me dado o luxo de aceitar só o que me faz bem.
Parei de enxergar pelas frestas da porta,
e te trazer a bolinha simplesmente para você atirar para tão longe
e não pedir pra voltar.
Dou confiança desconfiando, brinco com a verdade
me protegendo das mentiras.
.
Eu joguei a toalha.
Confiança é liberdade.
Eu tenho uma ânsia por enxergar além, de dentro de mim,
que não cessa.
Tô no palco, quero ser sempre a protagonista,
infelizmente não nasci
para ser figurante.
Sempre tive medo do desconhecido,
da platéia,
do público,
da crítica
construtiva ou destrutiva.
Mas agora, quero o desconhecido, quero sentir o prazer de fazer
o meu roteiro,
fazendo oscilar sem medo,
o certo e o errado.
Quero mais, do que um simples texto a ser decorado.
.
(pra quem tava sem idéias as 04: 31 da madrugada até que saiu uma coisinha!)
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