quarta-feira, 24 de fevereiro de 2010

Mais um


Mais um que olha
que vigia
que encara
que testa
que compara
que espera.
Mais um, que como dizia minha avó:
se engana
se apaixona
se desmorona
e depois me culpa.
Mais um, que como dizia minha mãe:
dê uma chance
quem sabe você o ame.
quem sabe você desista dessa vida
e dele não se canse.
Mais um que eu dou corda
que eu marco hora
que eu iludo
que eu fujo
e depois mando embora.

(Copyright 2010 - Todos os direitos reservados)

Só meu






"Nada mais vai me ferir, é que eu já me acostumei, com a estrada errada que eu segui, e com a minha própria lei. Tenho o que ficou, e tenho sorte até demais."


[Legião Urbana]



Dia desses me dei conta que me tranquei.

Me tranquei dentro do meu próprio mundo, as vezes deixo a porta aberta

e alguém entra.

Não que isso me torne uma pessoa fechada, muito pelo contrário,

é até muito fácil de me levar.

Me tranquei, dentro dos livros de romances mexicanos que escrevo em minha mente, das mil peças água-com-açúcar que produzo na minha cabeça, dos amores exagerados que eu mesmo invento e vivo, começo e termino com todos eles!

"Não tem problema se você não me amar, eu amo e desamo você em tempo recorde, não tem problema se você pegar sua malinha e sair do meu país, sempre vai ter alguém querendo entrar, nem que seja só para visitar."

Eu tento manter a ordem aqui dentro, e tranco a porta, que é para ninguém me desorganizar, porque isso tudo deu trabalho! Talvez seja essa fixação em manter as coisas no seu devido lugar.

Por hora, eu queria terminar com a última peça que produzi na minha mente,
seria mais ou menos como acabar com o Romeu,
e mandar a Julieta embora.

Talvez assim eu pudesse viver um pouco essa sua realidade mal resolvida.

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